domingo, 7 de agosto de 2011


Amigos Formandos,

Quando subirmos ao palco, em trajes de festa, coração batendo forte, tremor generalizado invadindo o corpo, platéia aplaudindo a nossa conquista, talvez o nervosismo nos domine e não sintamos a maravilhosa magia do momento sublime do qual nos aproximamos. Mas um dia, quando a saudade nos fizer abrir esta folha e recordar, tudo será revivido, como se estivesse novamente acontecendo. Então, iremos nos sentir mais completos, mais inteiros, como hoje. E quando nos consolarmos, nos sentiremos contentes por nos conhecermos. Seremos sempre amigos. Teremos vontade de rir juntos. E abriremos, às vezes, as páginas de nossas vidas, à toa, por gosto ou necessidade de relembrar, e em uma dimensão qualquer, numa alegria silenciosa, haveremos de nos reencontrar...

Hoje nos despedimos, passamos por dificuldades, inseguranças, erros, acertos, vitórias e alegrias. Chegamos ao final com a certeza do dever cumprido.
Durante todo esse tempo fomos colegas e amigos, choramos e sorrimos muitas vezes juntos e isso nos fez pessoas diferentes. Diferentes porque o riso e a lágrima têm a capacidade de unir pessoas e ao nos separarmos levamos um pouco um do outro e deixamos um pouco de nós.
Colegas, muitas lutas nos esperam! Mas tenhamos sempre em nós essa força que nos trouxe até aqui e que agora nos leva a seguir caminhos diferentes. A saudade de todos e a esperança de um breve reencontro estarão sempre em nossos corações.

O valor da nossa amizade não foi provado apenas nos momentos de alegria, mas principalmente nos momentos de dificuldades e tristezas, quando até as lágrimas por terem sido compartilhadas, foram bem menos dolorosas.

De todos fica a saudade, o aperto no peito, os sonhos que sonhamos. De tudo ficará aquele sorriso de encontro. De tudo que fomos saudade! Para tudo que sejamos, força, coragem! Sentiremos saudades!

Percorremos um longo trajeto. A partir de agora cada um trilhará seu caminho. Entre nós ficará a lembrança de nossos encontros e desencontros, lutas e decepções. Fica a certeza de que cada um de nós contribuiu para o crescimento do outro.



Atibaia, 6 de agosto de 11
Hospedagem

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O medo do Amor


Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

DEFICIÊNCIAS


Renata Vilela


Já andei por tantos caminhos e já vivi tantas coisas, que hoje vejo que o preconceito e discriminação estão em cada um de nós, e cabe a nós quebrá-los para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana.

Hoje posso afirmar que:

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E "Miserável" somos todos que não conseguimos falar com Deus.


CORRER RISCOS


Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Bem Maior



Não existe maior bem do que fazer a felicidade de alguém. Nem nada menos caro, nem mais fácil, pois que a felicidade é algo que se pode oferecer em gestos, e atenções.
Se olhamos à nossa volta, percebemos que a carência humana está no fato das pessoas terem perdido os valores imateriais a favor dos materiais. Compra-se quase tudo em nossos dias...mas o bem ninguém compra. Compra-se até companhia, mas não a sinceridade. Compra-se conforto, mas não a paz de espírito, não a tranqüilidade, menos ainda a felicidade. Esta a gente oferece.
Há uma grande diferença entre o dar e o oferecer.
Quando damos, estendemos a mão, mas quando oferecemos... é nosso coração que entregamos junto, é um pedacinho de nós que vai caminhando na direção do outro
e o bem que ele provoca retorna ao nosso interior.
Tornamos pessoas felizes quando damos de nós mesmos.
E damos de nós quando oferecemos o que quer que seja de coração escancarado. O grande mal do mundo consiste no fato das pessoas guardarem coisas para si.
Guardam bens, guardam sentimentos, guardam declarações, guardam ressentimentos, falam ou calam na hora errada. Vivem de aparências com as gavetas da alma repletas de coisas inúteis. E quando morrem, tornam-se pó, como todo mundo, sem ter aproveitado o tempo para compartilhar, com honestidade, o bem que a vida lhes ofereceu.
A maior herança que podemos deixar à humanidade é o amor que oferecemos de várias formas, são as pequenas felicidades do dia-a-dia que vamos distribuindo aqui e acolá, a compreensão que acalma as almas inquietas e a ternura que abranda os desenganos da vida.
E o que representa a felicidade hoje pode não representar amanhã. Por isso ela é tão múltipla, tão incompreendida e tão necessária. Por isso é tão importante distribuir sorrisos, plantar flores, fazer visitas, dar bom dia e boa noite,
não se esquecer dos abraços e dos te amo
imprescindíveis ao coração.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

AMOR COMBINA COM LIBERDADE


Havia um homem que possuía muitos pássaros. Como vivia só, esses animais eram como filhos. Gostava de todos, mas, havia um,que lhe era especial. Se tratava de um velho canário belga, que ganhara do pai. O pequenino pássaro, fora o primeiro de sua coleção e durante longo tempo, sua única companhia. Mas um dia , sem motivo, o passarinho, apareceu doente. De olhar melancólico nunca mais cantara, queria novamente a sua liberdade. Perceber e aceitar esse desejo eram coisas que não entravam na cabeça do seu dono. A atitude do companheiro parecia ingratidão.Sempre lhe tratara bem. Nunca lhe deixara faltar alimento e amor. No entanto, agora essa! " Não vou soltá-lo" ! Concluiu. Algum tempo passou, e o animal foi definhandocada vez mais. Sua morte parecia iminente. Não tendo outra escolha o velho homem deixou a gaiola aberta. O canário com dificuldade andou até a portinhola, permaneceu algum tempo hesitante entre ficar e partir, mas, acabou decidindo pela segunda opção. Aquele foi um longo dia; solitário e triste... Na manhã seguinte, o bom homem acordou com um canto idêntico ao do pássaro que partira. Abrindo apressadamente a janela deparou-se com o amigo que cantava como nunca havia cantado. Essas visitas se repetiram ainda durante vários anos. Com as pessoas acontece da mesma forma. Amor não combina com algemas e prisões. Quem ama deixa sempre às portas abertas à espera que o amor verdadeiro possa se manifestar.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O PACOTE DE BOLACHAS...



Uma moça estava a espera de seu vôo, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo. Comprou, também, um pacote de bolachas. Sentou-se numa poltrona, na sala Vip do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao lado da poltrona onde estava o saco de bolachas sentou-se um homem, que abriu uma revista e começou a ler. Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem também pegou uma. Sentiu-se indignada mas não disse nada. Apenas pensou: “Mas que cara de pau ! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho, para que ele nunca mais esquecesse desse atrevimento ! “ A cada bolacha que ela pegava , o homem também pegava uma. Aquilo a foi deixando indignada, mas não conseguia reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: “ah... o que esse abusado vai fazer agora ? ” Então, o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!! Aquilo era demais ! Ela estava bufando de raiva ! Então, ela pegou seu livro e suas coisas e se dirigiu ao local de embarque. Quando ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona, já no interior do avião, olhou dentro da bolsa para pegar alguma coisa; e, para sua surpresa, o seu pacote de bolachas estava lá, ainda intacto, fechadinho ! Ela sentiu tanta vergonha ! Ela percebeu que a errada era ela... Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas em sua bolsa O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado. Enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo a dela com ele. E já não havia mais tempo para se explicar .. nem pedir desculpas ! Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo a “bolacha” dos outros, e não temos consciência disso ! Antes de concluir, observe melhor! Talvez as coisas não sejam exatamente como pensa ! Não pense o que não sabe sobre as pessoas.
Existem 4 coisas que não se recuperam ...

a pedra ......depois de atirada!!

a palavra ......depois de proferida !

a ocasião ......depois de perdida !

e o tempo ......depois de passado!

Pensem nisso...